Um civic velho e 3 almas perdidas

Um civic velho e 3 almas perdidas

13 de abril de 2018 1044 Por Autor quase desconhecido

Crônicas do Demo #1

Na primeira noite, éramos 3 pessoas, dentro de um civic velho, com coca-colas e alguns salgadinhos, muita chuva e um brainstorm pra escolha do nome que nos definiria pelos próximos anos.

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Mas a história não começa assim, éramos muitos no início, e a discussão era sempre a mesma… música. Eram álbuns, compositores, guitarristas, bateristas, projetos de bandas que nos deixaria famosos, o tempo, o mundo, a vida, tudo estava a frente e tudo era nosso!

Anos… décadas nos separavam daquela noite no civic velho sob a chuva, muitos se foram: outros caminhos, outras vidas, outras dimensões, todos fizeram falta de alguma forma. E lá estávamos nós três, e a ideia… Oficina do Diabo.

– Gente, acho que Diabo não vai ser legal, ainda que vocês sejam dois capetinhas!!! (rs)

– Por que então não usamos Demo e brincamos com as antigas fitas demo?!?

– Huahuahua… Vou fazer uma fita K7 com chifres, pra ser o Logo. (rs)

– Alias… banda gospel grava fita demo?!?

O nome surgira naquela noite, não a ideia… a ideia sempre pairou sobre nós, por mais de uma década, sussurrou, instigou, se fez presente, se desfez e refez várias vezes… agora, até mesmo a noite no velho civic azul 99, me parece distante.

Pelas próximas eras, contarei as histórias que os trouxeram até aqui, neste dia. Tudo foi meio estranho e desencontrado, pra dizer a verdade, nunca achei que você estaria hoje, aqui, lendo isto, mas você o fez. Este conjunto de histórias, que você começa a ler hoje, eu intitulei Crônicas do Demo, nele, tudo o que nos marcou estará escrito, na cronologia que se fez importante, não na cronologia de cada fato, este será meu registro, pra você.

Na primeira noite éramos 3 pessoas, alguns salgadinhos, coca-cola, muita chuva, em um civic azul, ano 1999, velho. Hoje somos a Oficina do Demo.